Mundo não deve aceitar as consequências do tratamento de águas residuais nucleares do Japão

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, apontou nesta quarta-feira (14) que o oceano não é a lata de lixo do Japão e o Pacífico não é seu esgoto. O mundo não deve aceitar as consequências do tratamento de águas residuais nucleares da usina de Fukushima.

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Zhao Lijian levou três perguntas ao Japão em uma coletiva de imprensa ao comentar a decisão de despejar águas residuais nucleares da usina de Fukushima no mar: o lado japonês realmente ouviu as dúvidas e preocupações no seu país e no exterior? A decisão do Japão está em conformidade com a lei internacional? As águas residuais nucleares que o Japão planeja despejar atendem ao padrão internacional?

Após a decisão do governo japonês sobre o tratamento das águas residuais nucleares, a Coreia do Sul expressou forte oposição. A Rússia disse que o Japão deve mostrar transparência e assumir responsabilidade e a União Europeia declarou que o país deve garantir a segurança absoluta da descarga de águas, ao mesmo tempo que cumpre integralmente as suas obrigações nacionais e internacionais.

A China exorta veementemente o lado japonês para assumir sua responsabilidade, seguir a ciência, cumprir suas obrigações internacionais e responder devidamente às sérias preocupações da comunidade internacional, dos países vizinhos e de seu próprio povo. Zhao Lijian pede ao Japão que avalie de novo a questão e evite descarregar as águas residuais arbitrariamente antes de chegar a um consenso com todas as partes envolvidas e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) por meio de consultas completas. A China se reserva no direito de ter novas reações, apontou o porta-voz.