“Aqui a gente não assusta em nada. Muito pelo contrário. Se eles pegarem coisas que a gente não conseguiu pegar, vão ter todo o nosso apoio para punir quem estiver errado”, defendeu Castro, em entrevista.
O político do PSC assumiu definitivamente o governo do Rio no sábado (1), um dia após o impeachment de Wilson Witzel (PSC), seu companheiro de chapa nas eleições de 2018.
Castro disse que assim que assumiu o governo ligou para o MPF (Ministério Público Federal) para colocar à disposição do órgão o que pode ser analisado. Até tomar posse no sábado, o político estava interinamente no comando do estado desde o dia 23 de agosto, quando Witzel foi afastado do cargo na operação Tris in Idem.
Aliado político de Jair Bolsonaro (sem partido), Castro acredita também ser de interesse do presidente de ver um bom trabalho feito pelos senadores na comissão.
“O presidente também quer entender se alguém errou, se não errou. A CPI é uma grande possibilidade da gente entender se houve ou não erros. A gente tem uma mania no Brasil de já criminalizar tudo o que está sendo investigado. A investigação é exatamente para saber se houve erros ou não (…) Para o presidente é ótimo saber se alguém da equipe dele errou ou não. Da mesma forma que para mim também (é ótimo) saber se alguém da minha equipe errou ou não”, defendeu.
Quatro secretários
O Rio de Janeiro já teve quatro secretários de Saúde desde o início da pandemia. O primeiro deles, Edmar Santos, chegou a ser preso em julho por denúncias de irregularidades em contratos assinados pela Secretaria de Saúde durante a crise sanitária. Foi com base na delação premiada dele, inclusive, que Witzel foi afastado do cargo em agosto.