‘O que não precisamos é de polêmica’, diz Marcelo Queiroga no Senado

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que, neste momento, o Brasil não precisa de "polêmica" e que é necessário "passar uma mensagem harmônica à sociedade".

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As declarações foram feitas à Comissão Temporária da Covid-19 no Senado. A ida do representante da Saúde acontece um dia antes do início dos trabalhos da CPI da Covid.

Ao falar, porém, o ministro voltou a atacar os governadores e prefeitos e afirmou que o ministério publicará uma nota técnica sobre o atraso na vacinação da segunda dose da CoronaVac.

“A aplicação da segunda dose tem sido impedida por governadores e prefeitos e agora, em face do retardo de insumo vindo da China ao Instituto Butantan, há uma dificuldade na aplicação desta dose”, disse.

A comissão sabatina o ministro sobre o PNI (Plano Nacional de Imunização), que tem sofrido com as constantes mudanças nos prazos de vacinação contra o novo coronavírus estipulados pela própria pasta.

Após ser questionado pelos senadores sobre as constantes mudanças nos prazos de entrega dos imunizantes contra a Covid-19, Marcelo Queiroga afirmou que “em nenhum momento” o ministério reduziu as metas de vacinação.

“O que nós fizemos foi retirar o calendário anteriormente colocado daquelas vacinas que estavam sem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, explicou.

Pouco antes, Queiroga chegou a defender a campanha de vacinação “promovida pelo governo federal” e declarou que “não gostaria” de ver o Brasil “perder tantas vidas”.

Com relação à disponibilidade de vacinas à população, o ministro reclamou da imprensa e defendeu uma melhor comunicação entre os estados e municípios com a União. Segundo ele, sendo o Brasil um país “continental”, há uma dificuldade logística na entrega dos imunizantes e que “não há que se comparar o Brasil com Israel e nem com o Chile”.

“O Brasil é o quinto país que mais distribui doses de vacinas e ficam as pessoas aí na mídia criticando o tempo inteiro a campanha nacional de imunização, passando uma mensagem desencontrada para a sociedade brasileira”, afirmou.

Oxigênio e kit intubação

O ministro também se defendeu das críticas que sofreu quando o ministério divulgou uma nota técnica sobre a racionalização do uso do oxigênio hospitalar. Queiroga criticou a divulgação “incorreta” do documento.

Sobre a remessa de medicamentos do chamado kit intubação, Marcelo Queiroga disse que já abriu um pregão “nacional e internacional” para a aquisição dos remédios.

“Em um curto prazo nós vamos anunciar também uma remessa desses insumos vindos dos Estados Unidos”, garantiu.

Sobre o relacionamento do Brasil com as organizações internacionais e, em especial, a OMS (Organização Mundial da Saúde), o governista garantiu que a relação é a “melhor possível”.

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